Woddy Harrelson: Quando Quase Ganhou o Óscar

Woody Harrelson faz hoje 59 anos! São muitas velas para assoprar e nem parece que sejam precisas tantas, porque tal como todas as estrelas de Hollywood, Woody aparenta ser bem mais novo, ou é só impressão minha? Pouco importa, a idade é só um número e hoje vamos focar-nos num número muito mais pequeno: 3.

3 Vezes que Woody Harrelson foi nomeado para Óscar por 3 personagens e filmes bastante distintos. Não negamos que a carreira de Woody Harrelson é invejável e com muito talento pelo meio. Focamo-nos apenas em Larry Flint, Tony Stone e Bill Willoughby, personagens que quase lhe renderam o maior prémio do cinema. Vamos lá:

- The People vs. Larry Flint, 1996. O filme é baseado na história de um empresário, o famoso pornógrafo Larry Flint. Esta obra de Milos Forman é uma biografia de drama profundo com um pouco de comédia à mistura e carregado de sátira. Mantém-se muito fiel à personagem principal, brilhantemente trazida por Woody, que nos surpreendeu na pele deste empresário carismático e polémico. Eu fiquei bastante surpreendida! Inesperadamente começamos a sentir uma forte empatia por ele, ainda que se esforce bastante para que isso não aconteça. Vale a pena conhecer esta história e reconhecer Larry pela luta de direitos e liberdade de expressão. Fiquei fã de Woody, mudou a minha perspetiva! 

- The Messenger, 2009. Neste filme temos um olhar mais particular da guerra, uma vez que o realizador Oren Moverman decide contar a história de dois soldados recém-chegados da Guerra do Iraque e que têm a difícil tarefa de comunicar aos familiares as perdas dos seus companheiros. Woody interpreta o capitão cínico, Tony Stone, que apresenta tremendas dificuldades em aceitar os efeitos perturbadores do que viveu no Iraque. Foi perfeito em todo o filme, destacando-se pelas ironias e frustrações que nos transmitiu na pele do capitão. Woody foi implacável e salvou o filme de ser um desastre.  

- Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, 2017. Martin McDonagh traz-nos uma mãe que, revoltada com o assassinato da sua filha, decide colocar três cartazes à beira da estrada para expressar a sua revolta perante o que entende ser a ineficácia do chefe de polícia Bill Willougby. Bill é ridicularizado pelo mau desempenho, mas tem elegância suficiente para dar a volta à situação de forma bastante sensível e inteligente. É um dos meus filmes favoritos e devo mencionar que Woody é o verdadeiro responsável pela grandiosidade desta obra. Mas atenção, também temos a esplêndida Frances Macdormand que nos conduz durante todo o filme e venceu o Óscar de Melhor Atriz com todo o mérito e talento que lhe reconheço! Gostava é que o nosso Woody Harrelson também tivesse vencido. Não se costuma dizer que à terceira é de vez? Não foi.

  Aposto que vão surgir mais nomeações e espero que ele vença numa das próximas, mesmo que não mereça, compensa pelas vezes que devia ter ganho!

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