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A Princesa Carrie Fisher
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A Princesa Carrie Fisher
Reação dos fãs:
No dia em que faria 68 anos, relembramos Carrie Fisher.
Criado por: Ricardo Santos Silva em 21 / 10 / 2020
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Hoje seria um dia de celebração, de alegria, de festa, com o aniversário da princesa Leia, ou melhor, da atriz que lhe deu vida, Carrie Fisher. Carrie Fisher faria 68 anos neste dia, morreu em 2016 e deixou toda uma comunidade, uma legião de fãs desamparada com o seu desaparecimento, com a sua ida para a "força". Nunca escrevi nada sobre a morte desta grande atriz que me inspirou e fez encontrar na personagem dela e nas que a acompanharam força para enfrentar todos os meus problemas de adolescente e jovem adulto, mas chegou a altura de aqui relembrar o legado deixado por ela.
Filha de Debbie Reynolds que morreu apenas 1 dia depois da filha ter seguido o mesmo caminho, e de Eddie Fisher, músico muito conhecido dos anos 50, Carrie tinha a pressão logo desde nascença de ser alguém bem sucedido no mundo das artes, ou da música (pai) ou na representação (mãe), nem sempre tudo correu bem mas também não vou falar de momentos menos bons neste texto, a verdade é que Carrie atingiu mesmo o estrelato em "Star Wars". Um projeto de George Lucas que Fisher tinha a certeza que ia ser um sucesso, ao contrário de Lucas que, segundo a atriz, nunca esteve certo de que iria ser o que foi e é hoje em dia.
O primeiro filme da saga, "Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança" foi o segundo filme da carreira de Carrie e a partir daí, ficou conhecida no mundo inteiro como Princesa Leia para não mais deixar esse nome, transformou-se naquela personagem e era Carrie muito poucas vezes, talvez na sua vida privada o fosse (embora até tenha levado o romance com Han Solo, Harrison Ford, para a vida pessoal), mas em público e para o público era Leia, sempre. Uma personagem que lhe acentou tão bem porque, segundo a própria, "não sou atriz de me transformar, não sou como a Meryl Streep que sai de si para ser outra personagem, muito do que a Leia é, eu sou também, só não tenho armas de laser". Sempre com uma pitada de polémica, mas sempre segura das suas ideias e em mudar o mundo para melhor, aliás como Leia o fazia nos filmes, Fisher ainda sobre armas de laser chegou a dizer que, não teve um sabre de luz porque até no espaço, as diferenças entre homem e mulher se vêm. Tivemos que esperar até esta terceira trilogia para ver uma mulher com um sabre de luz, Rey (Daisy Ridley).
Carrie Fisher voltou à personagem em 2015 para a terceira trilogia da saga, e voltou a ser a mais falada, desta vez os tablóides diziam que ela tinha envelhecido mal e, mais uma vez, como uma verdadeira mulher, segura, certa, princesa de valores fixos, disse não se importar com nada do que diziam, que não era o corpo dela que interessava, que "a beleza e a juventude não são realizações, são subprodutos temporários da felicidade, do tempo ou do ADN. Não duram muito", acrescentou ainda que discursos destes magoam qualquer mulher e que a magoaram também.
Fischer, para além de Leia, foi uma dramaturga e argumentista talentosa. O filme "Postcards from the Edge" foi inspirado no livro que escreveu com o mesmo título e tem Meryl Streep no papel principal, escreveu também "These Old Broads" e entrou em muitos outros filmes casos de, "Austin Powers", "Jay and Silent Bob Strike Back" e outros.
O legado da princesa que sempre lutou num mundo de homens por si e por todas as mulheres, que sempre admitiu a doença mental que tinha e em como é possível viver e estar estável em relação a uma doença deste tipo, que é preciso viver e rir e chorar e gritar e salvar a galáxia para nos sentirmos vivos.
Aqui fica a minha homenagem à mulher, à atriz, à artista que foi única. Fazem falta pessoas deste calibre ao mundo, fazem mesmo.
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