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First Love

First Love

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Os duelos finais são ótimos e quando pensamos que já vimos tudo as duas últimas cenas arrebatam o coração de qualquer um.

Criado por: Ricardo Santos Silva em 10 / 09 / 2020

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First Love foi o último filme do terceiro dia de MotelX e o não podia ter acabado melhor, duvido mesmo que haja algum filme no festival que goste mais do que este, aqui tudo está bem.


Começo por vos fazer um pequeno resumo da premissa, embora seja difícil ora, numa noite em Tokyo, um boxer promissor e uma rapariga que foi dada à Yakuza pelo pai para saldar uma dívida encontram-se quando, de repente, se vêm apanhados num esquema de troca de um pequeno carregamento de drogas. A partir daqui, todas as partes interessadas que, para além deles os dois, está um polícia corrupto, um membro da Yakuza que traiu o seu gangue, a namorada de um outro membro da Yakuza e um gangue da máfia chinesa, entram numa espiral de encontros e desencontros para tentar sair por cima.


Todas as cenas deste filme são boas, cheias de sumo, ou seja, tudo é marcante para o filme, não encontrei uma única cena chata ou que podia ser tirada, tudo ali corre numa engrenagem muito bem pensada e estudada mais, as mudanças de cena são feitas de uma forma espetacular, magistral até, estamos numa cena e de repente, com um movimento suave de câmara, estamos já a ver outra personagem e aí apercebemo-nos que estamos numa cena diferente do filme. 


Num filme com tanto drama, double-crossingi e violência ainda há espaço para haver momentos de humor muito bem aplicados, no sítio certo que dão uma leveza ao filme depois de cenas um pouco mais pesadas. Digo assim, se houvesse lá pelo meio um discurso meio parvo sobre coisas estranhas e uma banda sonora característica, este podia muito bem ser um filme de Tarantino.


Os duelos finais são ótimos e quando pensamos que já vimos tudo as duas últimas cenas arrebatam o coração de qualquer um (tenho a certeza). São performances de destacar, Masataka Kubota, o boxer, que gostaria de ver num filme ocidental para ele sair um pouco da zona de conforto e acredito mesmo que não era preciso ele fazer um papel em que tivesse que lutar, um papel mais sério, pareceu-me estar aqui um caso sério de bom ator e ainda o papel de Shôta Sometani que faz um vilão incrível e quero ver mais dele.




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