Que filme genial! Daqueles que nós pensamos, como é que não me lembrei disto antes? É tão inteligente, pela sua simplicidade e ao mesmo tempo por ser tão criativo! E mais, é tão verdadeiro.
Somos apresentados a 5 personagens que vivem no cérebro de Riley, uma criança de 11 anos: A Alegria, o Medo, a Raiva, a Repulsa e a Tristeza são as cinco emoções que comandam a vida de Riley e a fazem ser quem é.
Estas cinco emoções tentam equilibrar os estados de espírito dela para que ela nunca deixe de ser feliz. Até que a Alegria e a Tristeza perdem-se e deixam apenas o Medo, a Raiva e a Repulsa a controlar Riley. É aqui que começa a aventura das duas emoções (opostas) que tentam desesperadamente encontrar o caminho de volta.
É um filme tão doce que me fez querer voltar a ter 10 anos para viver o filme como as crianças o vivem. Mas mesmo em adulto é impossível ficar indiferente a este filme… Aconteceu comigo! Cada uma das emoções saltou da tela para me fazer rir e chorar, tal e qual como se fosse uma criança de 10 anos.
E se os sentimentos tivessem sentimentos? É disto que se trata o filme, de sentimentos e de como eles se desenvolvem ao ponto de nos moldar a personalidade. São os sentimentos mais puros que existem e que não precisam de manuais para ser geridos. Não, não precisamos de os estudar, só precisamos de saber que cada um de nós lida de maneira diferente e a interacção de cada um dos nossos sentimentos tem de ser equilibrada para nós próprios sermos equilibrados. Aqui está a simplicidade genial de que falava.
O mais bonito de tudo é que, o filme ensina-nos um olhar totalmente diferente sobre a tristeza. A personagem Tristeza é memorável e talvez a mais importante de todas. Estar triste não tem de ser negativo, aliás, pelo contrário. Divertida-Mente ensina que a tristeza é essencial nas nossas vidas. A forma como o explica e ensina é maravilhosa!
Tudo contribuiu para o excelente resultado do filme da Pixar. Os diálogos são hilariantes e todas as cenas construídas são familiares, ficamos sempre de boca aberta a pensar: “Sim, já aconteceu comigo”. Deslumbrante pelos sorrisos fáceis e pela extrema criatividade do realizador Peter Docter e do autor Ronaldo Del Carmen.
Deixo um aviso a quem ainda não viu o filme: Lenços de papel! É muito provável que necessites de lenços não só para as lágrimas de tristeza, mas para as lágrimas de tanto rir… Há muitas piadas que são mais indicadas para adultos e vão fazer-te rir até doer a barriga.