Os rapazes Não Choram

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Duração: 90 minutos

Data de Estreia: 02 / 09 / 1999

Orçamento: $ 2.000.000

Receita: $ 11.540.607

Linguagem: Inglês

Status: Lançado

Produtora /s:

IFC Films Fox Searchlight Pictures The Independent Film Channel Productions Killer Films Hart-Sharp Entertainment

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Sinopse

Saiba como Teena Brandon se tornou Brandon Teena e passou a reivindicar uma nova identidade, masculina, numa cidade rural de Falls City, Nebraska. Brandon inicialmente consegue criar uma imagem masculinizada de si mesma, se apaixonando pela garota com quem sai, Lana, e se tornando amigo de John e Tom. Entretanto, quando a identidade sexual de Brandon vem à público, a revelação ativa uma espiral crescente de violência na cidade.

Review

ranting

Reviews: 88
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Os Rapazes Não Choram

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31 / 08 / 2020

Por onde devo começar? Este filme deixou-me de rastos durante muito tempo. Depois de ver pela primeira vez, acordava e adormecia a pensar nele. Teve uma enorme carga emocional em mim, talvez porque era muito nova e não tinha percepção nenhuma da vida.


Sabem aquele primeiro filme que vos obriga a questionar sobre certos assuntos que julgamos ter muito bem resolvidos? E de repente, já não temos tanta certeza daquilo que achamos ser verdade ou mentira. Se existisse por aí uma lista oficial dos filmes mais tristes da história, este de certeza que estaria no top dessa lista. Trata-se de uma história verídica, sobre Brandon Teena. 


Hilary Swank é Brandon Teena, um transsexual que fugiu para Falls City, nos EUA, onde conheceu Lana Tisdel (Chloe Sevigny), por quem se apaixonou. Foi também onde conheceu John (Peter Sarsgaard) e Tom (Brendan Sexton), dois rapazes emocionalmente desequilibrados e que vão mudar o rumo desta história.


A realizadora Kimberly Peirce tenta manter-se o mais fiel possível à história real de Brandon, sendo também ela a argumentista. É claro o cuidado que teve quando descreve certas situações mais extremas, mas em momento algum tirou peso. Há cenas de grande violência psicológica que são inesquecíveis, não são demasiado gráficas nem demasiado discretas.


As cenas que me fizeram sentir um vazio no peito, são com Hilary Swank. Deu vida a um Brandon cheio de carisma, inocência e sentido de humor, mas por outro lado, também é este Brandon que me transmite tristeza, vergonha, ingenuidade, e em muitos momentos nem precisa de abrir a boca e falar, consigo absorver toda a sua energia só através das expressões faciais e do olhar. É um trabalho lindíssimo de Hilary e não tenho mais palavras para descrever como é que esta personagem me influenciou.


Cresci com a ideia de que o amor só tinha uma forma de ser. E se não fosse desse jeito, não era amor. A verdade é que foi Brandon e Lana, que me fez questionar e refletir bastante sobre esta ideia que me foi incutida desde sempre. Hoje, fico feliz por ter visto o filme tão nova, comecei a moldar-me a diferentes questões debatidas em Rapazes Não Choram, foi nessa altura que questionei tudo aquilo que julgava saber e nunca parei de o fazer até hoje. 


Não é fácil de ver e tão pouco é fácil de digerir. É que para além de ser uma história real, é cruel. Duro de acreditar que realmente aconteceu e acontece com tantos jovens. O trabalho da realizadora é excecional, soube como retirar o máximo de Hilary, deu-lhe espaço suficiente para brilhar e guiou-a nos momentos mais trágicos.  
Nunca esqueci Brandon Teena. E acho que nunca deixarei de sentir este peso no peito sempre que falar dele.




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