A Teoria do Big Bang

Passavam constantemente episódios de A Teoria do Big Bang e eu pensava “um dia tenho de ver”. Às vezes, quando não havia mais nada para fazer, ligava a televisão e por acaso via um ou dois episódios e pensava “um dia tenho de ver do início”.

Quando vi tudo, de uma só vez até à última temporada, senti a falta deles!

Nas primeiras temporadas são 4 amigos cientistas, Leonard, Sheldon, Howard e Raj, com falta de capacidades comunicativas. Leonard é aquele que não sabe seduzir as mulheres, Howard finge que é o mais experiente, mas pouco ou nada sabe, Raj nem consegue falar com mulheres e Sheldon, bem, Sheldon nem quer saber porque quanto menos comunicar com pessoas melhor!

Quando conhecem Penny a vida destes 4 cientistas muda para sempre. A jovem está em início de carreira de atriz e começa a viver mesmo em frente ao apartamento de Sheldon e Leonard.

Leonard ficou apaixonado por Penny e Sheldon ganhou uma amiga, que no fim, tornou-se uma irmã!  

Nas próximas temporadas vão se juntando ao elenco personagens de igual importância, Amy e Bernadette. E é em torno da vida dos 7 que gira a série. Uma comédia muito carismática e até me arrisco a dizer que marca uma geração.

Foram 12 temporadas, mais de 200 episódios!! E em tantos anos, claro que a série perdeu qualidade. Já não era novo, teve sempre o mesmo humor e já todos conhecíamos muito bem Sheldon.

Sheldon, que é a estrela da série, também teve uma das maiores evoluções de sempre. Muitas coisas mudaram até na personalidade dele. No último episódio, Sheldon faz um discurso lindíssimo sobre esse mesmo percurso.

A essência de A Teoria do Big Bang é o crescimento. Todas as personagens crescem, moldam-se uns aos outros e aprendem a respeitar e amar. Sheldon que dizia ser incapaz de ter sentimentos por alguém, não só conseguiu quatro melhores amigos, como casou com Amy!

Na décima segunda e última temporada, Sheldon luta contra a mudança. Quer que tudo continue como era antes. E então, voltamos um pouco ao antigo Sheldon, frustrado e egoísta.  

Quando ele percebe que com crescimento vem a mudança e que crescer não é mau, Sheldon chega-se à frente, no discurso em que vence prémio nobel com Amy, e homenageia os seus amigos!

Para mim, não havia melhor fim do que este! Terminou com todas as personagens a serem as mesmas que vimos no primeiro episódio, só que, crescidas.

Eu que choro muito, não chorei com o final (vá, uma lágrima ou outra não conta). Fiquei muito feliz por saber que este grupo de amigos teve o final que merecia. Bonito e real. Sem magia ou física quântica. Só amor.