Eu devo ser a única fã de Foi Assim Que Aconteceu que acompanhou a série até ao fim por causa de Robin e não por causa do tão carismático Barney Stinson. Sou?
Seja por que motivo for, fui até ao fim e sim, também faço parte da equipa que não gostou do final da série.
Então é assim? 9 anos à espera de saber quem é a mãe para depois terminar como terminou? Bem, não vou entrar em pormenores para não arriscar estragar a experiência a quem ainda não viu, mas fica já o registo feito, não gostei do fim!
A série tornou-se num caso especial, muito por conta dos criadores Carter Bays e Craig Thomas que a inovaram, através de várias dinâmicas novas para contar a história de forma diferente.
Com cenas congeladas, flashbacks, saltos cronológicos e narrações. Tudo isto e mais uns quantos pormenores que a impediram de se tornar previsível e chata... bem, durante algum tempo impediu!
Tudo começa quando Ted Mosby (Josh Radnor) decide contar a história de como conheceu a mãe dos filhos, aos filhos. Ou seja, só temos uma perspetiva, a de Ted, que leva 9 temporadas para contar quem é a mãe.
Ora o que é que acontece, chega a sétima temporada e a história já se torna cansativa. É que Ted conta todas as experiências amorosas que teve antes de conhecer a mãe dos filhos, e reparem, foram muitas. Não tantas quanto as que Barney Stinson (Neil Patrick Harris) teve, mas mesmo assim, muitas.
Barney, Robin (Colbie Smulders), Lily (Alyson Hannigan) e Marshall (Jason Segel) são os quatro amigos de Ted que o acompanharam em todas as aventuras durante esses anos que procurava pela “tal”.
Nas últimas temporadas, o protagonista foi quase nulo. As outras personagens brilharam mais que ele e começou mesmo a dar sinais de que, está na altura de terminar o sofrimento de Ted.
Por isso, a nona e última temporada, deu-me aquilo que ambicionava desde a quarta temporada. O casamento de Barney e Robin. A temporada é só sobre o casamento deles e mais uma vez a história mais interessante não é a de Ted.
Chegamos ao fim desta comédia, que teve muitos altos e baixos (mas vá, são mais altos do que baixos), e não acho mesmo que teve o fim que merecia.
A série pode ter muitas visões, mas é o grupo de amigos que importa. Não são as relações amorosas ou as ambições profissionais que se destacam. Os amigos não têm qualquer barreira, interferem nas vidas de uns e outros sempre que querem e batem o pé quando devem bater. São genuínos e fariam o que fosse preciso para ajudar qualquer um do grupo. É amizade pura!
Apesar de ser a mãe que move toda a história, não é esta a história que fica. São as viagens de carro, as discussões, as saídas no bar e as tradições do grupo de amigos que ficam connosco!