Vivarium

Vi o trailer de Vivarium há algum tempo e verifiquei que tem tudo aquilo que eu gosto num filme.  
O conceito parecia ser muito interessante e, depois de o ver, confirmo que é! Visualmente parecia ser fantástico, assustador e único. E é! Os dois atores principais pareciam ter ótimas atuações e Jesse Eisenberg sentiu que iriam ser diferentes das últimas atuações. E foram!

Mas então, porque é que estou a dar só 2 estrelas?

Bom, simplesmente porque me senti da mesma forma que os personagens deste filme se sentiram, perdido! Não sei qual é o sentido de todo o filme e depois de algum tempo de começar a ver, deixei de me importar e estava só à espera que acabasse.

O filme, após os 30 minutos iniciais, parece que não sabe o que quer ser ou para onde quer ir. Se fosse um episódio da série Black Mirror com 45 minutos, provavelmente seria um dos melhores episódios que já fizeram. Mas porque é que vão alongar o filme para 97 minutos, se não têm nenhuma ideia do que fazer? Isto estraga toda a experiência.

Basicamente, o filme é carregado por Jesse Eisenberg e especialmente por Imogen Poots, mas não recebem material suficiente. O tom do filme está muito confuso, o que também não ajuda as atuações dos atores, porque as suas personagens não parecem ser coerentes. No entanto, foi bom ver Eisenberg a interpretar uma personagem diferente daquela que interpreta em todos os filmes.

Por isso, gostava bastante que o filme fosse explorado de outra forma. Por momentos, todos nós estamos presos em casa. E este filme poderia ter sido muito mais relevante.

Pode e deve aprofundar mais o lado psicológico do isolamento e como as relações evoluem quando não há outras pessoas para à nossa volta para socializar.