É possível continuarmos a ter temporadas do mesmo nível que a primeira? A resposta é sim. Stranger Things está mais ambiciosa talvez porque também tem um orçamento maior, mas o que é certo é que está cada vez melhor. Nem achava ser possível, mas está a ser estrondosa!
Estamos no verão de 1985 e entre romances de verão regressamos a Hawkins, onde tudo parece estar finalmente em paz. Há muito amor nesta temporada, temos Eleven (Millie Bobby Brown) que começou a namorar com Mike (Finn Wolfhard), Lucas (Caleb McLaughlin) com Max (Sadie Sink) e Dustin (Gaten Matarazzo) com Suzie (Gabriella Pizzolo. Só Will (Noah Schnapp) é que continua na sua inocência e ainda quer passar todo o seu tempo com os amigos a jogar. Começa o primeiro dilema. Will está desanimado porque tudo está diferente e não tem atenção que gostava de ter dos amigos.
Mas tirando isso, é verão e a cidade está com novidades. Abre um novo shopping que promete centenas de empregos e muito movimento jovem. É no shopping que Steve (Joe Keery) começa a trabalhar e conhece a colega Robin (Maya Hawke).
Tudo parece correr bem até ao momento que surge uma nova ameaça do tão temível mundo invertido. Lá vai o nosso grupo de amigos preferido tentar travar a que veio a ser a maior batalha. Pelo caminho, ficou o novo shopping todo destruído, vá é só um pequeno spoiler.
Não acho que exista uma única falha que deva ser mencionada, não há nada que atrapalhe ou coloque em risco a sua posição quase perfeita. Mas o que é certo é que continuamos exatamente no mesmo sítio.
Mas lá está, estamos a ir para território bem conhecido, mas cada vez mais inovador. A história é apresentada de forma mais envolvente, com mais complexidade e dramas mais inteligentes.
Chegamos ao final da terceira a pedir novos mundos e novos monstros. Já estou oficialmente naquela fase da série em que necessito de algo novo. Mas isto não tem que ser uma crítica má. Acho que, o que funcionou bem até agora, já não tem mais versões para continuar boa. E Stranger Things tem mais do que capacidade para entrar em novos caminhos.
Para concluir, esta temporada cumpre muito bem a sua missão. Está mais detalhada e minuciosa, o horror está mais sangrento e mais explícito. Tem diálogos com humor delicioso e continua a deixar-nos muito emocionados.
Uma das cenas finais é de partir o coração. Hopper (David Harbour) é o protagonista de um dos momentos que não me saí da memória e sempre que falo com alguém sobre Stranger Things, é este o momento que nos deixa a pensar no quão incrível é a série.