De certeza que a primeira vez que ouviste falar em The Witcher foi porque a série prometia ser a nova A Guerra dos Tronos, acertei? Ou então não, podes também ser fã de jogos e estavas desde o início ansiosamente à espera da estreia. É mais isto? Também podes ser dos meus exemplos, que chegou a The Witcher por recomendações dos amigos. Seja como for, quem viu certamente tem um sabor agridoce. Eu pelo menos, tenho!
A série é baseada numa saga literária de fantasia escrita por Andrzej Sapkowski e depois adaptada para um videojogo de sucesso. A primeira temporada tem oito episódios e a Netflix parecia extremamente confiante, mas não tenho bem a certeza de que foi uma boa aposta.
A história segue Geralt de Rivia (Henry Cavill), que se dedica a procurar a próxima caça, que lhe garanta algum dinheiro para depois gastar com mulheres, bebida, comida e dormida. Toda a gente conhece Geralt e todos querem contratá-lo para que ele faça o trabalho sujo (ou corajoso) que outros não querem (ou não conseguem). Mas não são todos os trabalhos que aceita, há condições.
Este mundo mistura humanos, elfos, feiticeiras e monstros que nunca mais acabam. Há monstros em todas as esquinas, quase!
Mas atenção que a história de Gerald é uma de várias. Contamos com um elenco rico em que faz parte: Anya Chalotra que interpreta Yennefer, uma poderosa feiticeira do caos, Freya Allan que é Ciri, a princesa que Gerald vai ter de proteger e Joey Batey que é Jaskier, o fiel escudeiro e cantor que acompanha as viagens de Gerald.
Criada por Lauren Schmidt Hissrich, a série começa a tornar credível o novo mundo de forma muito rápida. Senti-me logo ambientada e dentro da fantasia. É fácil acompanhá-lo.
Mas, acho que se esforçou imenso para ter uma alma sua e acabou por não ter.
Os episódios nunca me atingiram de forma memorável. Há cenas tão longas e confusas que se tornam aborrecidas e eu tive muitas vezes vontade de desligar o ecrã.
Os dois primeiros episódios são bastante desordenados e a história não faz sentido. Claro que é preciso continuar a ver. Mas a falta de coerência pode fazer muitas pessoas desistirem. É fácil acompanhar o mundo fictício, mas ao mesmo tempo é fácil perdermos o caminho da história. É quase sempre uma confusão temporal.
As cenas de violência são muito bem trabalhadas. Ok, até podemos ficar maravilhados com este tipo de ação bem conseguida. Mas para mim, não chegou.