Fried Barry

Barry é um drogado. Daqueles que já está a bater no fundo. Não aparece em casa, não passa tempo com o filho, está sempre à procura de acabar a ressaca com mais uma dose. E ele acaba por conseguir... e depois de mais uma noite louca ele acaba raptado por aliens.

Na nave ele entra num transe que se torna complicado, pois o seu corpo serve agora de receptáculo para a alma de um dos aliens. A partir daí o alien entra numa aventura pelas ruas da Cidade do Cabo onde conhece a diversão noturna dos humanos, pincelada por drogas, sexo e muita violência. 

Não querendo contar mais sobre o filme, é importante dizer que o terror aqui está presente na ansiedade com que o espectador fica ao olhar para a cara feia e aterradora de Barry (Gary Green). O departamento de maquilhagem deste filme conseguiu mesmo que Gary Green ficasse terrível de ver e à medida que a ação se vai desenrolando ele fica cada vez mais horrível, cada vez mais decadente. 

Os efeitos especiais, a luz, e a maluquice são as grandes bandeiras de um filme que não é daqueles terrores nem psicológicos nem gore mas que aterroriza bastante. 

Tem ainda pequenas pontadas de humor para dar ao espectador momentos para descansar entre as alucinações, desventuras e momentos psicóticos de Barry nesta aventura. Faltou algum diálogo eu acho, alguma coisa mais explicativa, algo que prendesse e agarrasse mais o espectador a uma dinâmica que fica muito espacial, muito perdida em coisas muito maradas, por vezes.