Manhunt

Não sou aquela pessoa viciada em coisas de true crime mas conhecer os bastidores de uma operação destas sempre me entusiasmou e, talvez não seja esse viciado nestas séries, por estas serem sempre longas de mais e, por vezes, arrastarem a ação demais e focarem-se em relacionamentos entre personagens secundárias e outras coisas para aumentar o tempo de série. A verdade é que, nesta história, isso não se passa. Com um argumento dinâmico e uma narrativa brilhante, conhecemos assim a história de um dos mais inteligentes bombistas/terroristas da história dos Estados Unidos da América. 

Este senhor, enviava bombas a alvos em posições profissionais específicas, através do correio, em pequenas embalagens que, quando eram abertas, explodiam. Durante anos, o FBI traçou um perfil errado deste terrorista, dando como uma pessoa com baixo nível de inteligência e mecânico de profissão, pois usava sucata para fabricar as suas bombas. 

A ação está dividida em dois planos, o plano antes de o Unabomber ser identificado e, depois, quando ele pede a visita do agente que o apanhou para discutir com ele o que se poderá passar no seu julgamento. Sam Worthington é o agente Jim Fitzgerald que, vai contra tudo e todos no FBI e traça um novo perfil para este terrorista, um perfil de um homem com elevado QI e que não é, de todo, um mecânico de profissão. Para Fitzgerald, este é um dos homens mais inteligentes do mundo e ele vai tentar prová-lo a partir de uma nova abordagem, também ela, inovadora e muito inteligente. Worthington tem aqui um papel muito forte, onde vemos o homem a lutar contra tudo, a lutar pelo seu emprego, a descartar a vida familiar, os amigos e as relações pessoais e a ficar obcecado, por mais de uma década, em apanhar o homem que lhe assombra todos os seus pesadelos.