The Haunting of Bly Manor

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Temporadas: 1

Data da Estreia: 09 / 10 / 2020

Última Temporada: 09 / 10 / 2020

Total de Episódios: 9

Duração por Episódios (aprox): 54 minutos

Em Produção: Não

Linguagem: Inglês

Produtora /s:

Netflix

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A Maldição de Bly Manor

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12 / 10 / 2020

Já chegou à Netflix a sucessora da aclamada minissérie A Maldição de Hill House e desta vez temos A Maldição de Bly Manor.


Malta, estou rendida a esta história. Hill House estreou em 2018 e faz parte da minha lista de séries favoritas e agora Bly Manor conquistou também um lugar na lista.


Não me considero fã de terror, até devo confessar que poucas obras conheço deste género. Mas, nem sei muito bem porquê, o trabalho de Mike Flanagan sempre me despertou muita curiosidade e em 2018 com Hill House deu-me uma das melhores experiências da minha vida, por ser um terror psicológico que me assustou, mas também porque me fez chorar pela bonita complexidade do ser humano, que é tão bem exposta nas personagens. 


A Maldição de Bly Manor não me arrepiou pelos sustos, mas sim pelo amor. Apaixonei-me pela história, pelas personagens, pela casa… apaixonei-me por cada detalhe dos 9 episódios que ficam sempre melhores! 


A fasquia era elevada e acho que, mesmo quem não gosta de terror vai ficar rendido à história de Hill House. E então estava com medo de que a decisão de Mike fosse a de contar uma história semelhante ou igual, dado que correu tão bem na primeira vez.


Mas não, esta história não é uma cópia e nem tem metade do terror de Hill House. Os fãs de terror, provavelmente vão ficar desapontados, mas não aconselho a desistirem. Acho que vale muito a pena ver até ao fim e absorver todos os pormenores de Bly Manor.


Tal como disse Mike (e eu confirmo), é uma história de romance gótico que anda de mãos dadas com fantasmas, também eles assombrados pelo amor. É romance e tragédia juntos num só, tornando-se impossível fazer uma distinção. Assombrações que nascem do amor e amor que nasce de assombrações.


Mike também defende que uma história de amor e uma história de fantasmas são a mesma coisa. Porque quando nos apaixonamos, nasce um fantasma que fica connosco para o resto da vida. Eu não podia estar mais de acordo com ele. Aliás, acho que esta é a frase perfeita para resumir a minissérie.


Se não viste A Maldição de Hill House não te preocupes, as histórias não se cruzam e podes ver a nova minissérie sem medo de não perceberes. Mas, para além do realizador, as duas casas também partilham os mesmos atores. 


Victoria Pedretti regressa como Dani Clayton que se tornou numa das minhas personagens favoritas de sempre! É uma jovem americana em Inglaterra e é contratada por um empresário de sucesso, Henry Wingrave (Henry Thomas), para cuidar dos seus sobrinhos, Miles (Benjamin Even Ainsworth) e Flora (Amelie Bea Smith). Na mansão, Dani conhece Hannah Grose (T'Nia Miller), a governanta, Owen (Rahul Kohli) o cozinheiro e Jamie (Amelia Eve), a jardineira.


Acompanhamos Dani a partir do momento que se muda para a casa de campo com a função de criar e educar os irmãos que ficaram órfãos. O que parecia ser um trabalho simples, depressa se revelou um verdadeiro pesadelo. A verdade é que, como qualquer casa assombrada, Bly Manor esconde segredos sombrios que vão ser revelados ao longo dos episódios. 


Um facto curioso é que, não são só os membros da residência que têm fantasmas e lutas pessoais, Dani também tem. Mas todos os detalhes são explorados de forma bastante inteligente e no meio de uma narrativa que nunca aborrece.


Fiquei colada ao ecrã em todos os momentos, com vontade de descobrir cada canto escondido da casa e cada traço das personagens que são extremamente cativantes.


Para além de Victoria e Henry, há mais atores de Hill House a regressar: Oliver Jackson-Cohen, Carla Gugino e Kate Siegel fazem participações especiais e acrescentam um enorme valor a esta nova história.




De um elenco incrível que fez um excelente trabalho, consigo destacar Victoria na pele de Dani, porque esta personagem não hesita em colocar-se em perigo por aqueles que ama, independentemente de todo o horror que vive.


Para além disso, foi a história de amor dela que me comoveu. Talvez só conseguem entender depois de ver e eu também não consigo explicar melhor porque não quero estragar a surpresa.


Dani é a personagem que torcemos para que tudo corra bem porque nos ensina uma mensagem valiosa: É preciso valorizar o tempo que temos com aqueles que mais amamos.


Para que não fiquem a pensar no que é que esta casa tem de especial, eu digo-vos: Em Bly Manor estar morto não é sinónimo de desaparecido. Ou seja, a morte não tira o lugar da terra. E tenho ainda de apontar para dois episódios que me apaixonaram e faço questão que fiquem bem guardados na minha memória: O episódio 5 e 9.


Toda a série é feita entre o passado e o presente e é uma parte muito importante da narrativa. Inicialmente parece um pouco confuso as viagens ao passado porque entre essas viagens, visitamos muitas memórias das personagens e nem sempre conseguimos localizar o espaço ou tempo, mas no final, tudo vale a pena. E é no quinto episódio que temos mais acesso às memórias das personagens. Tudo isto leva à verdade que nos é contada no 9 e último episódio.


Por várias razões, o último episódio tem cenas que certamente vão ficar comigo para a vida. E a qualidade deste momento mede-se unicamente por aquilo que me conseguiu fazer sentir. Depois de perceber a bonita mensagem desta história, fiquei lavada em lágrimas e consciente de que acabei de ter uma das melhores lições de sempre.


Enfim, acho que se nota claramente o quanto gostei de Bly Manor. Ainda assim, em comparação com Hill House, este terror é leve e mais elegante. Não acho que seja traumatizante e ninguém vai precisar de dormir de luz acesa. 


Agradeço ao Mike Flanagan por se concentrar no valor do tempo e como este faz com que a alma se perca nas assombrações do esquecimento.


Entre fantasmas e medos, temos amores esquecidos, amores que se perderam e amores que não chegaram a ser reais. Acho que é uma história obrigatória pela carga psicológica e porque nos relembra de como é fácil perdermos quem mais amamos. 


Esta foi a minha experiência, muito influenciada por aquilo que me transmitiu emocionalmente. Não escrevo como fã de terror, escrevo como fã de histórias que nos ensinam.


Como diria Flora, é uma série “perfeitamente esplêndida” que vai muito além dos fantasmas de Bly Manor. Arrisco-me a dizer que é uma história de amor fantasma que todos nós desejamos viver, apesar de não ter um final perfeito. 




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