Beasts of No Nation

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Duração: 133 minutos

Data de Estreia: 11 / 09 / 2015

Orçamento: $ 6.000.000

Receita: $ 9.077.700

Linguagem: Inglês

Status: Lançado

Produtora /s:

Participant Media Focus Features Red Crown Productions

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Sinopse

"Beasts of no Nation" tem lugar num país da África Ocidental, devastado por uma guerra civil. O jovem Agu vê o pai ser morto e é obrigado a juntar-se a uma unidade de mercenários, liderada pela personagem de Elba.

Review

ranting

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Beast of No Nation

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15 / 10 / 2020

Hoje recordamos o primeiro filme original da Netflix. Há cinco anos estreava na plataforma Beast Of No Nation, aquele que veio a ser um dos filmes mais chocantes que passaram pelos ecrãs.


Confesso que vi o filme agora pela primeira vez e... será que devo dizer que estou arrependida? Não sei se é arrependimento, mas a verdade é que há poucos filmes que conseguem ser traumatizantes como este. 


Há muitas razões para ver este filme, mas para não ver só há uma.


O filme é baseado no livro de Uzodinma Iweala, é realizado por Cary Fukanaga e conta a história de Agu, uma criança que é atingida pela guerra e transformada num soldado.


Ok, pela introdução, acho que é percetível que temos um filme de guerra, mas, sobre o ponto de vista de uma criança. E sim, este é o ponto forte e massacrante.


Agu (Abraham Attah) é um rapaz que se perde de toda a família durante um confronto de guerrilhas. Após a morte do seu pai por militantes, Agu foge e é apanhado por rebeldes do grupo da resistência que o obrigam a lutar na guerra civil da África do Sul. Agu é treinado por um comandante (Idris Elba) que o ensina a ser um soldado, quase como se fosse o seu mestre.


No meio de invasões de aldeias, Agu e agora a sua nova família mostram-nos os horrores de uma guerra e como esta é movida por soldados e comandantes que, em vários momentos, duvidam das suas próprias convicções. Ou seja, uma guerra de homens e crianças que nem sempre sabem por quem lutam.


Não é fácil ver Beast Of No Nation. Não só por tudo o que a história carrega, mas também pelo brilhante trabalho de Abraham Attah. Não parece, de todo, um trabalho. Parece que viveu na realidade tudo o que se passou no filme e então é impossível não nos sentirmos destruídos por ele, porque nos transmite muito sofrimento e com uma verdade assustadora. Idris Elba como comandante tem uma presença muito forte e é um dos únicos atores profissionais no filme, mas nem parece. O elenco é todo muito verdadeiro!


O filme chega a ser poeticamente pesado. Numa parte, ouvimos Agu: “Estou a caminhar, caminhar, caminhar para onde o sol se põe. Estou a olhar para ele e a querer agarrá-lo e apertar até que a cor desapareça para sempre. Assim, estará escuro em todos os sítios e nunca ninguém terá de ver estas coisas terríveis que acontece neste mundo.” Esta frase entoou na minha cabeça vezes sem conta. Se calhar porque a associo a um reflexo de todo o filme.


E com esta frase conseguimos imaginar a dor de Agu, que preferia que o sol não existisse para que nunca mais conseguisse ver as monstruosidades à sua volta. Não esquecemos que estamos a ver uma guerra chocante e angustiante pelos olhos de uma criança que precisou de se tornar num monstro para sobreviver. 


Não é para qualquer um. Como disse, só há uma razão para não ver este filme: a inocência de uma criança. Deves perguntar-te se tens ou não estômago para ver do início ao fim Beast Of No Nation.




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