Chef

Não me lembro bem do momento em que conheci Jon Favreau mas lembro-me bem do momento em que o passei a adorar, quando encarnou "Happy", o assistente e chefe de segurança de Tony Stark em "Homem de Ferro". Mal sabia eu que ele também estava por trás da câmara o tempo todo a realizar aquele filme. Quando soube que também é ele a mente por trás de "Mandalorian" quis ir investigar mais sobre os feitos na carreira deste ator, argumentista e realizador e cheguei a este "O Chef". 

Confesso que adoro comer, adoro cozinhar e adoro programas de cozinha e juntar isso a Favreau pareceu-me uma ótima receita (piada não intencional)... 

Este filme tem uma boa realização e uma ótima edição. Favreau nunca é aquele realizador que nos vai dar uma fotografia deslumbrante ou uma forma de filmar disruptiva ou um movimento de câmara surpreendente, não é técnico e não procura essas coisas, ele foca-se mais na narrativa, em contar o argumento de forma fluida. 

As cenas de cozinha estão incríveis, nota-se ali uma grande paixão por comida. A cena do concerto no bar onde o ex-sogro está a cantar é muito... feliz, acho que é isso.

Não deixa de ser uma comédia parva mas muito bem feita, não tenta ser mais do que isso, não tenta ser o que não é, e isso é ótimo. 

Os efeitos especiais que mostram o Twitter e os tweets a voar estão muito bem pensados e é um grafismo muito bem desenhado.

Está engraçado o embate entre gerações e a forma como o filho de 10 anos do Chef lhe passa a gerir as redes sociais e em como essa pequena diferença lhe leva a foodtruck  de desconhecida a famosa em muito pouco tempo. 

Tem a banda sonora, as imagens incríveis de um filme de roadtrip, a tensão de uma cozinha, a comédia de Favreau e a emoção de um filme de família. Apesar do fim ser fácil de adivinhar quase desde o princípio, a viagem até lá vale a pena e agora, desculpem, mas vou comer qualquer coisa.