SpongeBob: Esponja em Missão

Sou um grande fã do Spongebob há muitos anos por isso devo dizer que, quando o filme começou fiquei durante alguns minutos chocado com a nova aparência 3D bastante nítida.

Ou seja, visualmente evoluiu bastante e até foi estranho ver o spongebob assim, o pior foi que perdeu muita da sua personalidade e humor irreverente.

Acho que o aspeto da animação antiga funciona melhor mas, com o tempo, isso deixou de ser um problema, porque acabei por me habituar.

O filme tem um começo forte! Amo o Gary e foi bom voltar a ver a conexão emocional que tem com o Spongebob e como foi colocada no centro da história. Infelizmente, na medida que o filme avança, perde o foco e pior do que tudo, perde a direção.

Começa por nos mostrar tudo o que tem: momentos musicais, famosos cameos, flashbacks e histórias atrás de histórias com coisas que nem queremos saber.

Sim, é sempre divertido de ver Keanu Reeves desta forma no filme, mas até a participação dele pareceu forçada. Pareceu mesmo um filme pintado de momentos com tudo o que as pessoas querem ver e faltou a irreverência que torna o Spongebob tão divertido e imprevisível.

Ao olhar para filmes anteriores realizados por Tim Hill, consigo perceber todos os traços de como ele realiza comédias e, provavelmente, era óbvio que não ia ser a escolha certa para este filme. Sem ser os Os Marretas, todas as suas personagens são direcionadas para crianças, mas o Spongebob sempre teve um pouco para crianças e para adultos.

Da “trilogia” de filmes, este é o mais fraco porque nunca tentou ser mais do que um filme ok. E até devem sentir-se agradecidos por o filme não estar nos cinemas e estar sim na Netflix, onde as pessoas estão mais dispostas a ver porque não lhes custou um rim para ver o filme com toda a família.

Dito isto, estava mesmo à espera de um filme divertido e diferente porque, para ser honesto, todos nós precisamos de um pouco da positividade do Spongebob para nos animar nestes tempos difíceis que vivemos.