12 Macacos

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Duração: 130 minutos

Data de Estreia: 29 / 12 / 1995

Orçamento: $ 29.000.000

Receita: $ 168.841.459

Linguagem: Inglês

Status: Lançado

Produtora /s:

Universal Pictures Atlas Entertainment Classico

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Sinopse

No ano de 2035, James Cole aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar um mistério envolvendo um vírus mortal que atacou grande parte da população mundial. Tomado como louco, no passado, ele tenta provar a sua sanidade para a médica Kathryn Railly, sua única esperança de mudar o futuro.

Review

ranting

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Brad Pitt, senhoras e senhores é rei!

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27 / 12 / 2020

Este “12 Macacos” já estava há muito tempo na minha lista, um filme de Terry Gilliam que cria um mundo distópico onde Brad Pitt interpreta um papel de maníaco, doente num hospício chama e muito a aproveitei que o filme celebra hoje 25 anos da sua estreia para o ver e escrever esta crítica. 


O primeiro filme que vi de Gilliam foi “Fear and Loathing in Las Vegas” e na altura as câmaras de “fish eye”, o filmar do canto da sala onde se está a passar a cena, o mundo distópico onde tudo aquilo acontece, a confusão e as cores fizeram com que esse filme seja um dos meus favoritos de sempre, este aqui não tem tanta cor, uma cor tão forte, mas joga também muito com cores e com muita, muita confusão. 


Imaginem um mundo que foi devastado por um vírus, de tal forma que apenas uma pequena porção da humanidade sobreviveu e quem sobreviveu tem que viver debaixo do solo em cidades subterrâneas. O filme abre aí mesmo, numa cidade subterrânea, uma prisão, onde nos é apresentado James Cole (Bruce Willis), um presidiário que é escolhido como voluntário à força para uma missão especial, viajar até ao passado para descobrir a origem do vírus que quase extinguiu a raça humana. 


Com uma forma de filmar bem diferente e que deixa o espectador desconfortável (propositadamente) como é costume de Gilliam este mundo e a forma como o realizador o descreve e apresenta põem ao descoberto toda a imaginação e criatividade do cineasta que tem aqui uma das suas obras primas.


Agora, para além de uma história e plot final fantásticos, acho que o argumento e as interpretações de dois atores e de uma atriz fantásticos deixa o filme num nível diferente e melhor. Começando por Bruce Willis, temos imensa imagem do seu rabo, mas temos também uma performance que vai do calmo ao louco, do ciente ao desesperado, do sorriso ao choro e ao grito, se achas que Bruce Willis não é mais do que John McClaine ou Butch, descobre como ele é isso tudo e muito mais, muito ator, aqui neste filme.


Depois, Madeleine Stowe, ao início uma personagem que me parecia aquela psiquiatra que se apaixona pelo paciente, que descobre que ele não é maluco mas sim a sociedade em que ele está inserido e que se fica por aí, mas não, oh não não! Stowe também é protagonista, ganha força a cada minuto de filme transformando-se numa personagem que guia o protagonista, estando com ele taco-a-taco até ao fim.


Agora, Brad Pitt, Brad Pitt, senhoras e senhores é rei. Já tinha a plena noção que Pitt é um ator de palmo e meio e mais, Pitt já fez de tudo, e tudo o que faz é bom. Mas vê-lo na pele de Jeffrey Goines, um jovem ativista que batalha contra o pai que faz testes virológicos em animais e que é completamente louco, dá-lhe aqui um dos melhores papéis que já vi dele. O monólogo com que começa a sua participação no filme e no qual apresenta o hospício à personagem de Bruce Willis é qualquer coisa de fenomenal e depois desse monólogo continua sempre bem, sempre a dar tudo, com expressões completamente alucinadas, formas de falar, de estar em cena, uma presença de encher o ecrã que lhe valeu uma nomeação para “Melhor Ator Secundário” nos Óscares de 1996. 


É um filme fantástico que nos fala sobre o tempo, repetição e de tudo ser diferente se for feito em tempos diferentes, mesmo ver o mesmo filme, se formos pessoas diferentes porque estamos em tempos diferentes, o filme vai ser diferente, vamos vê-lo e percebê-lo de forma diferente. Ter três personagens tão fortes poderia até estragar a narrativa, deixar-lhe pouco espaço para se desenvolver mas Gilliam combina a construção de personagens com uma criativa e excitante construção narrativa, uma narrativa partida em vários tempos mas que é fácil de acompanhar, uma narrativa que me prendeu do início ao fim.





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